top of page
  • Foto do escritorBeatriz Silva

Álcool, apresenta-te!

Atualizado: 30 de mar. de 2020

Somos seres com tentação para agir inconscientemente e correr atrás de prazeres ilusórios, sendo que os efeitos do álcool se adequam perfeitamente a este facto.



O consumo de álcool pode assumir inúmeros papéis na nossa vida, desde diversão, vício e até mesmo doença. Metaforicamente, pode ser visto como uma escada, em que “quanto mais subimos, maior é a queda”. Assim, é importante entender não só as diferenças, mas também o impacto que cada "degrau" tem na nossa saúde.


Os jovens e a sua relação com o álcool

Estudos revelam que os jovens começam a consumir bebidas alcoólicas em idades cada vez mais precoces, sendo que o motivo desta causa pode estar relacionado com as transformações físicas, emocionais e sociais que ocorrem nesta fase.

Somos seres em constante crescimento e, evidentemente, todos os nossos atos trazem consequências, sejam estas a curto ou a longo prazo, que afetam não só o nosso físico, como também o nosso cognitivo. A ingestão de bebidas alcoólicas não é exceção.


A curto prazo, esta ação pode provocar alterações bastante significativas ao sujeito, como por exemplo perda de consciência, sonolência, vómitos, visão e audição distorcidas, sonolência e, em casos extremos, coma alcoólico. Já a longo prazo, as repercussões agravam-se, podendo influenciar o funcionamento de alguns órgãos vitais (como o fígado), levando, também, a possíveis doenças cerebrais e cardíacas, cancro, desnutrição, gastrites e mesmo problemas familiares e profissionais.


Não passa de uma ilusão


Em 2018, desenvolvi um questionário com o intuito de perceber a relação que os estudantes universitários mantinham com o álcool. O meu principal objetivo passou por analisar se estes conheciam, efetivamente, o álcool ou se apenas se limitavam a consumi-lo.


Alguns dados a reter: 90% dos jovens universitários consomem bebidas alcoólicas, sendo que, maioritariamente, apenas o fazem uma vez por semana. As escolhas dos jovens alternam entre bebidas espirituosas e cerveja. Esta geração gosta das sensações que o efeito do álcool lhes proporciona, confirmando o prazer da inconsciência. No entanto, há jovens que recorrem ao álcool por questões emocionais.


Na minha opinião, só podemos influenciar as pessoas se soubermos como elas pensam. Como tal, uma das questões estava muito direcionada para o que sensibiliza mais os jovens quando falamos nas consequências que o álcool tem. A maior parte confessou que vídeos de casos reais têm mais impacto quando se pretende alertar para este problema, sendo que muitos deles se sentem alarmados ao presenciar alguns casos reais na noite boémia, sejam amigos, desconhecidos ou mesmo eles próprios. Além disto, importa abordar algo que considero ser, também, muito importante: a educação que temos em casa e os valores que nos são transmitidos.


Muitas vezes, a vida não passa de uma ilusão e, muitos jovens, acabam por reconhecer que o consumo de álcool é feito de forma inconsciente, assumindo a necessidade de o conhecer melhor.



Conselhos de mãe

Às vezes, custa aceitar mas a realidade é que as mães têm sempre razão.

De forma a tornar a consciencialização mais dinâmica, decidi criar a hashtag Conselhos De Mãe (#ConselhosDeMãe), que consiste em ordenar e alertar, num tom materno, para as repercussões negativas que o consumo descontrolado de álcool pode acartar, ao mesmo tempo que relacionamos frases muito caraterísticas das mães, abordando o tema de uma forma diferente do habitual.



Tu não és tu quando bebes álcool!

Não é só a fome que nos transforma negativamente, o consumo de álcool em demasia também precisa de um Snickers.

A campanha “Tu não és tu quando bebes álcool!”, inspirada no memorável mote do chocolate Snickers “Tu não és tu quando tens fome!”, sugere a transmissão de cenários em que as pessoas se transformem, por consequência do consumo de álcool em demasia. Surgiriam contextos de violência, inconsciência, problemas de saúde, problemas fisiológicos, acidentes rodoviários, entre muitos outros.



Decisão final


Os jovens, em particular, são seres humanos cheios de personalidade que, numa fase de autoconhecimento, são facilmente persuadidos a cometer atos prazerosos a curto prazo, daí que as campanhas que motivem o consumo tenham mais sucesso e receção que as campanhas que alertam para a consciencialização. A forma como os interpelamos deve, portanto, adequar-se aos seus pensamentos, às suas atitudes e às suas opiniões. No entanto, a escolha final é sempre nossa.


10 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page